sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Saindo do forno

É uma pena que não dê pra sentir o cheirinho, mas o bolo de macaxeira que eu aprendi é mesmo um achado. E o nível de dificuldade vai só diminuindo... desta vez nem é preciso dar maiores explicações pois o modo de preparo consiste em misturar tudo e colocar pra assar, mais fácil só se vier comer aqui em casa.

Ingredientes:
1 kg de macaxeira (conhecida também como mandioca) passada num ralador e espremida num pano de prato para retirar o excesso de líquido
800 ml (4 frascos pequenos) de leite de côco
500g de açúcar
250g de manteiga
4 ovos
100g de côco fresco ralado
e por último, 1 colher de sopa de fermento.

Misture tudo e asse em forma untada e enfarinhada,  a 200º C até que doure.

Pernambuco, imortal! imortal!

O Dicionário da diversidade cultural pernambucana, do historiador Adriano Marcena, é fruto de mais de 10 anos de pesquisas sobre os valores da diversidade cultural de Pernambuco. É uma preciosidade para quem quer compreender costumes e peculiaridades populares do estado. São quase  mil páginas de registro para alicerce histórico das próximas gerações. Para quem não sabe o que é comer uma buchada com uma lapada e quais influências foram significativas para a formação dos costumes de lá, a obra vai custar R$ 300,00.
http://www.dicionariodemarcena.com.br/
Foto de Adriano Aquino.

Continente Multicultural

Uma publicação de encher os olhos é a revista Continente da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). A edição mensal conta com colaboradores ilustres e seções que abordam assuntos diversos de maneira inteligente e leve. Para quem não estiver nos estados  (SE, DF, SP,CE, PE, PB, AL, RN, RS e BA) onde dá pra encontrar a revista, é possível acessar a revista eletrônica, inclusive para ver edições anteriores e ler uma prévia sobre as matéras. Nas bancas custa R$10,50 e a assinatura sai por R$ 90, 00 (em 3x de R$ 30,00).
Página da Revista Continente

Olha a banana!

Voltando ao paladar... para dar água na boca de quem não conseguiu fazer o bolo de rolo, agora trago a tona o segredo do nego bom, que é um docinho feito de banana e ninguém consegue comer só um.
Esta receita não exige muita prática na cozinha, no máximo é preciso saber como se faz brigadeiro pra entender o que é "soltar do fundo da panela". Então, do fundo do baú das minhas memórias sinestésicas infantis, aí vai a receita.

Ingredientes:
20 unidades de banana prata
1 kg de açúcar
suco de 2 limões

Modo de preparo:
Amasse as bananas e misture ao açúcar antes de levar ao fogo. Leve, então, a mistura ao fogo brando e mexa até ficar desgrudando do fundo da panela (como um brigadeiro mais consistente). Só nesse momento, retire do fogo e acrescente o suco dos limões sem parar de mexer (haja braço!). Depois molde os pedacinhos e misture açúcar (como se faz com o chocolate granulado ao brigadeiro). Para conservar embrulhe como bala em papel celofane.

Hoje mando um abraço pra ti pequenina

O pátio de São Pedro, no bairro de São José, em Recife, é famoso pela Terça Negra, mas desta vez me atenho a convidá-los para visitar o Pátio na sexta-feira e explico: toda sexta o projeto Pátio Sonoro faz o pátio fervilhar com a primeira edição do evento, trazendo bandas regionais para animar meus conterrâneos. O "causo" é que desta vez não chamo atenção para nenhuma banda pernambucana, mas para uma paraibana e me explico novamente: a Paraíba é aquele primo que mora longe e a gente reza pra chegar às férias e matar a saudade cultivada. Mas, idiossincrasias a parte, os paraibanos da Chico Correa & Eletronic Band se apresentarão neste primeiro dia de outubro, às 21h30, promovendo uma interessante e autêntica mistura de ritmos que vale a pena conferir. É gratuito.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Azulejo Pernambucano

Foto: Marcelo Katsuki para Folha OnLine
 Para quem estiver nos rumos da paulicéia desvairada, mais precisamente na região dos Jardins: foi inaugurado recentemente o restaurante do pernabucano André Palma (Cujo nome é o título do post). São 16 aconchegantes lugares para quem quer desfrutar da comida nordestina num clima agradável e refinado do bistrô, situado a Al. Franca, 444. O cardápio vai do meu querido Bolo de Rolo ao escondidinho. Mais informações no telefone 11 3284-7961.

Via Alto José do Pinho

Foto: Michele Souza
A história desse bairro da Zona Norte de Recife acabou contando a história "punk, rock, hardcore" da banda Devotos (ex- Devotos do Ódio ) no livro do jornalista Hugo Montarroyos, Devotos 20 anos, lançado neste mês pela Editora Aeroplano.
Cannibal, Neilton e Celo estão à frente da ONG Alto Falante de onde jorra o ativismo musical em prol da comunidade outrora tingida pelo rótulo de "Seattle dos miseráveis".
O livro, homônimo ao CD lançado em 2009, foi escrito em curtíssimo espaço de tempo, o que não impediu que as 316 páginas transportasse o leitor para o Alto José do Pinho e automaticamente esbarrasse na trajetória das bandas que lá nasceram. O preço dessa passagem sai em média por R$ 30.
mais sobre a banda

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ao estilo Don Corleone

A banda Babi Jaques e os Sicilianos se mudou, literalmente, para Minas Gerais (mais uma fatia de pernambucana por aqui). Bebendo do blues, rock e dos devaneios pernambucanos, no melhor sentido deste predicado, o pessoal vai participar do IV BH Indie Music no dia 30 de setembro, na Matriz- casa cultural que foca o cenário artístico independente.
 O endereço para conferir o som é Rua Guajajaras,1353, Belo Horizonte. Ingressos antecipados custam R$ 6. Mais informações pelo telefone: 31 32126122.

PE em BH

Desde o dia 18 de setembro até o dia 14 de outubro ficará em exposição no Museu de Arte da Pampulha a exposição de uma retrospectiva desde os anos 70 do trabalho de Paulo Bruscky, um pernambucano que é fotógrafo, curador, escritor e... inventor. Com fortes traços surrealistas e dadaístas, dentre seus trabalhos estão uma série de "desenhos pensados" os quais foram produzidos a partir de um eletroencefalograma revelando a necessidade deste artista de se valer de todos os meios para estabelecer contato.Na exposição é possível encontrar "arte-correio" (1976), artdoor e livro de artista.
Para não fugir a sua irreverência, Bruscky autografou quem levou a edição do dia dos Pequenos Anúncios do Estado de Minas, configurando com esta atitude uma obra intitulada de Sonetre MG.

As visitas podem ser feitas de terça a domingo, das 8 às 20h. O museu fica na Av. Otacílio Negrão de Lima 16.585 (mais informações pelo telefone 31 32777946).
mais informações sobre o artista

Muito prazer, bolo de rolo.

Foto: Helena de Castro

Uma massa fininha e saborosa como um pão de ló, alternada com  delicadas camadas de goiabada. Eis o bolo de rolo. E não poderia ter outra postagem inicial sabor tão pernambucano que não fosse com esta iguaria. Apesar do blog não ser voltado apenas para a culinária da "terra dos altos coqueiros", o bolo de rolo aparece por um motivo simples: todo mundo me pergunta como se faz. A verdade é que não me recordo quando o fiz, mas não esqueci que exige um pouco de prática. Decerto quem mora em Pernambuco vai achar um prontinho em qualquer padaria que se preze, mas para os que não têm essa conveniência segue a receita que eu costumo fazer (foi retirada de um livrinho da Dona Benta que eu ganhei em meados da década de 90)

Ingredientes
recheio:
500gr de goiabada picada
200ml de água

massa:
2 xícaras (chá) de açúcar
1 e meia xícara de manteiga
7 ovos
3 xícaras de farinha de trigo
açúcar de confeiteiro para polvilhar o bolo.


Modo de preparo
Recheio: levar os ingredientes ao fogo, mexendo sempre, até ficar pastoso. Deixe esfriar para utilizar.

Massa: Bater o açúcar com a manteiga até obter um creme claro. Junte um a um os ovos ( batendo bem após cada adição). Incorpore a farinha aos poucos, sem bater. Serão necessárias umas 5 formas untadas (28 x 42 x 1,5 cm) ou com papel manteiga onde a massa deve ser espalhada. Asse uma por vez sem deixar corar, em forno pré-aquecido a 200º C por aproximadamente 5 minutos. OBS.: a espessura da massa deve ser bem fina, o suficiente para cobrir o fundo das formas.

Desenforme a primeira sobre um pano úmido polvilhado com açúcar, cubra com uma fina camada de goiabada e enrole como rocambole. Enquanto isso coloque rapidamente a segunda forma no forno. Desenforme a segunda, cubra com a goiabada e enrole sobre o primeiro rocambole.

Repita a operação com as massas restantes, transformando o rolinho inicial num rolo grosso que deve esfriar completamente enrolado no pano bem apertado, para que fique perfeito. Polvilhe o açúcar quando acabar.